Erotikon (1920)
Sobre o filme
Um escultor fica desconfiado que sua amante está tendo um outro romance, apesar de ela já ser casada com um distraído professor de biologia ridicularizado pelos alunos. Os letreiros do filme não só contêm as falas dos personagens como comentários zombando das atitudes deles. Há um complexo uso dos espelhos, muitas cenas em close revelando fetiches por mãos e pés, tomadas feitas de ângulos inusitados. A mistura de romance e vida mundana das classes altas em óperas e grandes concertos encontraria o ápice mais tarde nos filmes de Max Ophuls. Há também muitas similaridades entre Erotikon e Sorrisos de Uma Noite de Verão (1955), de Ingmar Bergman, entre elas a melancolia e a discussão sobre as relações entre vida e arte. A cena da ópera, uma paródia sobre uma montagem decadente de ‘Salomé’, de Richard Strauss, foi muitas vezes citada e copiada, até mesmo por Busby Berkeley.
Título original: Erotikon
Ano: 1920
Duração: 97 minutos
País: Suécia
Cor: Preto-e-branco
Direção: MAURITZ STILLER
Roteiro: Maurice Stiller, Gustaf Molander
Fotografia: Henrik Jaenzon
Elenco: Tora Teje, Lars Hanson, Anders de Wahl