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No fim do ano 2000 o desenhista francês Jano visitou o Rio de Janeiro para criar mais um de seus ‘cadernos de viagem’. Durante os 50 dias de estadia na cidade, deu um profundo mergulho na realidade carioca. Foi a lugares que não estão nos cartões-postais, conversou com gente de todas as classes sociais. Cada desenho do álbum pode ser visto como uma crônica sobre o modo de ser do carioca contemporâneo, uma crítica social criada com humor, o retrato de uma cidade ao mesmo tempo bela e pobre, alegre e violenta. O filme apresenta o trabalho de finalização do livro em Paris e mostra um artista introspectivo e concentrado na concretização da obra. "Foi engraçado ver que ele já havia perdido o ar corado que ganhou aqui. O Rio é uma cidade bem mais alegre e isso se refletiu no comportamento dele. Jano se sentia em casa, parecia um carioca. Em Paris, assumiu o velho ar parisiense, mais introspectivo e sério", conta Eduardo Souza Lima.